sábado, 10 de agosto de 2013

Encontro mental

Volte! E porque eu deveria? Bom, quero usar você. E diz assim, na lata? Ué, tem outro modo? Você poderia ser mais sutil, ter um pouco mais de educação. Ok. Desculpe-me. É que realmente quero que fique comigo. Acho que já passou sua hora. Mas me lembro tanto de você! De como se compunha pra mim... Volte... Mas não posso, mesmo se quisesse. Já não seria a mesma coisa. Porque não tentar? Vamos! Você não entende, né? Não adianta tentar reviver o passado. Mas eu não estaria revivendo o passado. Mas sim um presente que já aconteceu de forma parecida antes. Não haveria o mesmo sentimento, é isso que quero dizer. Bom, eu continuo te desejando da mesma forma. Não é só questão de desejo. Do que se trata então? Se você me deixar explicar! É disso que estou falando! Já nem lembro exatamente o que ia dizer! Pra mim já deu. Só porque eu não deixei você ser ouvida tem que me dar às costas e ir embora? Ei, as coisas não são assim, não! O que quero dizer é que as coisas devem ser vividas no momento que as sentimos. Se você me reprimir o tempo todo isso nunca dará em nada! Entendo. Mas essa coisa, de sentir o momento, o que tem a ver com a gente? Tudo! Como assim? Ora, deixe-me fluir em sua mente, e verás. Mas não posso deixa-la assim. Eu tenho uma vida a ser respeitada, com horários, compromissos e outros sentimentos. Então terá que escolher entre essa vida e eu. Não pode ter as duas coisas. Mas você é egoísta! Não. O problema é que você não consegue se dedicar a mim enquanto vive essa sua vida que tanto preza. E se eu reservar um tempo só pra você, onde nada nem ninguém possa interferir? Se for assim, tudo bem. Mas lembre-se que nem sempre EU estarei disponível quando você estiver. Não é fácil vir te encontrar. Mas como eu fico então? Você sempre pensando em si, né? (...) Bem, pode aproveitar o tempo livre, quando eu não chegar a tempo. Mas vou fazer o possível para ir. Quero saber se quando eu estiver disponível você vai largar suas tarefas pra vir de encontro a mim. Depende. Sabia. Ora, não posso largar tudo pra ficar com você! Mas é claro que, se não for algo importante, nem precisa chamar duas vezes. Sendo assim, estamos combinados. Mas você não vai voltar? O que esperava, depois de tanto tempo? Mas já disse que ainda me lembro de tudo! Mas não sente mais. Quando for assim, quando me desejar tanto, tire um tempo pra mim. Um tempo só pra nós. E eu serei toda sua. Tentarei, sempre que puder. Mas e quando não conseguir? É esta sua sina. Sempre que eu vier e você não puder me dedicar sua atenção, eu irei embora e permanecerei só nas memórias. Você desejará que eu volte, mas não adiantará, pois o sentimento terá ido embora. Então sempre que conseguir, viva o presente, viva o sentimento que se passa naquele exato momento. Se não der, será que é possível voltar depois? Acho que sim. Depende de você, de suas escolhas, e do que ainda vai viver. Mas se ajudar, pegue papel e caneta, o celular, o notebook, gravador, qualquer coisa que estiver mais próximo, e registre. Registre aquele sentimento instantaneamente, e então será mais fácil me encontrar depois. Será mais fácil me escrever... Fico imaginando quantos textos eu poderia ter escrito se você não tivesse ido. Pense então em quantos poderá escrever se não me deixar. Sinta. E escreva. Estou escrevendo agora... Sim... E eu estou com você. Então me escreva.

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