Ela não sabia se era coincidência ou não. Tampouco se a agradava ou incomodava. Só sabia que sempre acontecia.
Não eram só os horários. Talvez nem o local. Era a intuição. Estava sempre certa, por mais que logicamente, o caminho indicado pudesse ser outro.
Por quê? Perguntava-se constantemente. Às vezes preferia não sentir nada. Aquilo era como uma droga, e ela, uma viciada. E assim como qualquer droga, era bom consumi-la, mas depois era dor, tristeza e ansiedade.
"Se eu pudesse canalizar..." Mas não podia. Não sabia como, ao menos. Todo aquele potencial gasto em uma coisa da qual gostaria de fugir.
Ou talvez fosse o contrário. No fundo ela sabia que ainda desejava tudo aquilo. E se por um lado a incomodava, a intuição era um tipo de elo que ainda restava entre eles. Suas mentes, de alguma forma, ainda estavam conectadas. Mas ela não sabia se deveria cortar a conexão. Ela só não sabia...
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