sábado, 20 de abril de 2013

Linda história!


Certo dia, uma mulher avistou um mendigo, sentado em uma calçada nas ruas de São Paulo...
Aproximou-se dele, e como o pobre coitado já estava acostumado a ser chacoteado por todos, a ignorou...
Um policial, observando a cena, aproximou-se :
- Ele está te incomodando senhora?
Ela respondeu:
- De modo algum, eu é que estou tentando levá-lo até aquele restaurante, pois vejo que está com fome e até sem forças para se levantar. O senhor me ajuda a levá-lo até o restaurante?
Rapidamente o policial a ajudou, e o pobre homem, mesmo assim não querendo ir, pois não acreditava que isso estava acontecendo:
Chegando ao restaurante, o garçom que foi a tendê-los disse sem pestanejar :
- Me desculpe Senhora , mas ele não pode ficar aqui... Vai afastar os meus clientes!!!
A mulher abaixou e levantou os olhos e disse:
- Sabe aquela enorme empresa ali na frente - apontou com o dedo - Três vezes por semana, os diretores de lá juntamente com clientes, vem fazer reuniões nesse restaurante, e sei que o dinheiro que deixam aqui é o que mantém esse restaurante. Pois é, eu sou a proprietária daquela empresa. Posso fazer a refeição aqui, com o meu amigo... Ou não?
O garçom fez um gesto positivo com a cabeça, o policial que estava de longe observando ficou boquiaberto, e o pobre homem, deixou cair nesse momento, uma lágrima de seus sofridos olhos.
Quando o garçom se afastou, o homem perguntou:
- Obrigado Senhora, mas não entendo esse gesto de bondade.
Ela segurou em suas mãos, e disse :
- Não se lembra de mim, João ?
- Me parece familiar - respondeu - mas não me lembro de onde.
Ela, com lágrimas nos olhos, disse:
- Há algum tempo atrás, eu recém formada, vim para São Paulo... Sem nenhum dinheiro no bolso... Estava com muita fome... Sentei-me naquela praça, aqui em frente, por que tinha uma entrevista de emprego naquela empresa, que hoje é minha. Quado se aproximou de mim um homem com um olhar generoso. Lembra-se agora João?
Ele, em lágrimas, afirmou que sim.
- Na época o senhor trabalhava aqui. Naquele dia, fiz a melhor refeição da minha vida, pois estava com muita fome, e até sem forças. Toda hora, eu olhava para o senhor, pois estava com medo de prejudicá-lo, pois estava ali comendo de graça. Foi quando ví o senhor tirando dinheiro do seu bolso e colocando no caixa do restaurante. Fiquei mais aliviada. E sabia que um dia poderia retribuir. Alimentei-me, fui com mais forças para a minha entrevista. Na época, a empresa ainda era pequena... Passei na entrevista, me especializei, ganhei muito dinheiro, acabei comprando algumas ações da empresa, e com o passar do tempo consegui virar a proprietária, e fazer a empresa ser o que ela é hoje.
Procurei pelo senhor, mas nunca o encontrei... Até que hoje o vi nessa situação. Hoje o senhor não dorme mais na rua... Vai comigo para a minha casa. Amanhã, compraremos roupas novas, e o senhor vai vir trabalhar comigo...
Se abraçaram, chorando.
O policial, o garçom, e os demais que viam essa cena, se emocionaram diante da grande lição de vida, que tinham acabado de presenciar!!!

MORAL DA HISTÓRIA:
Faça sempre o BEM... Um dia ele retornará em dobro para você..

(Autor desconhecido)

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Mirante


Lá estava ela. Vinha com aquele olhar, misto de certeza e insegurança. Como conseguia? (...) Eu já nem me importava mais com as pessoas ao redor. Só queria tê-la ao meu lado...
Fico pensando porque eu ainda estava ali. Não fazia sentido. Nada fazia, aliás. Ela finalmente chega e lhe digo:
- É um plano ambicioso, este seu.
- Está pensando em desistir, é? – Ela retruca. Aquele tom bravo em sua voz, mesmo que fingido, a deixava ainda mais deslumbrante. Mas eu ainda me perguntava o que estava fazendo ali com ela.
- Não, não... Só um comentário mesmo... – as palavras saíram da minha boca sem eu nem raciocina-las primeiro. O que estava acontecendo?
- Eu entendo o que está sentindo. Minha situação não é muito diferente da sua. Ao contrário, talvez seja até pior – disse ela, com um tom de angústia em suas palavras.
Uma corrente de vento nos acerta em cheio, fazendo seus cabelos balançarem e cintilarem à luz do pôr do sol. Percebi então que não tinha mais volta. Estávamos os dois sozinhos, fazendo planos que nunca sonhei que estaria fazendo agora. Eu não deveria estar ali. Não podia. Mas a vontade era maior que tudo, maior que eu.
Eu nos observava como se fosse outra pessoa. Parecia que ela estava viajando num mundo paralelo, não estava ali comigo. Estava? Vagando em meus pensamentos, imaginava o que poderia acontecer se a verdade viesse à tona, e isso me causava um frio na espinha, uma vontade incontrolável de sair correndo e me esconder de tudo e de todos... de me esconder de mim. Imaginava as consequências deste ato, que mesmo que ninguém no mundo soubesse, iríamos carregar a vida inteira. E enfim imaginei como eu estaria agora se fosse tudo diferente, ou se não tivéssemos nos conhecido naquele dia... Ah... aquele dia... Eu já estava nervoso, quando ela apareceu... E de repente tudo vira de cabeça para baixo.
O silêncio pairou entre nós mais uma vez. Olhávamo-nos como se um lesse a mente do outro. Era estranho como não falávamos quase nada, ou o que era falado o fazíamos o mais implícito possível, mas mesmo assim conseguíamos entender o real sentido das palavras.
- Como? – Eu pergunto.
Ela desviou o olhar, e em seguida me fitou novamente, e soltou o ar dos pulmões como se pesasse vários quilos.
Como, eu ainda pensava. Mas ela não sabe responder. Não sabe sequer como tudo isso começou, e nem onde vai parar...

Desconcerto

Des com certo

Certo?
Des-certo?
Com certo desconcerto
Vou consertando o certo
Certo? Concreto!
Diz certo, só diz.
Concreto, sem credo, sem teto.
Sem teto, sem concreto, sem nada certo.
Não diz certo... Nada disserto.
Desconcerto de um concreto.
E pó.
Poder não pode.
Mas quero.

terça-feira, 16 de abril de 2013

Frases: Lúcio Cardoso

"Só as pessoas verdadeiramente fortes podem viver na realidade definitiva das coisas; quase todo mundo vaga numa atmosfera morna de fantasia."
Lúcio Cardoso