quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Fausto

Em 14/03/2010

Ele diz, como um déspota
A humilhar
Dizem que pode, então bota
O tal pra dançar

Aliena, destrói, engana
Todo mundo ainda quer ver
Tudo por causa da grana
Também há ilusão de poder

Mas conquista, enlouquece, comove
Em torno "disso" o mundo move
E continuamos a amar

O Globo continua a girar
Acomode-se, pois ninguém irá notar
Quem sabe, um dia, o império morre?

Endógeno desbrio

Em 15/03/2010

Quando menos espero
Ela vem e, sedutora, estraçalha
O que juntei com esmero

Me derruba, mas em seguida,
fingida,
Junta os cacos do meu ser.
Ou mente
Diz pra mim que sente
muito; E logo vem me desfazer

E mesmo que eu lute
Parece até que ela curte
Não há como escapar
de amar

Paixão, coisa imanente
inconsequente,
Vem me desatinar
Louca, eloquente
E talvez quase imprudente
Consegue até me enganar...

Ego

Em 08/07/08

Eu
Você não pode dizer outra palavra?
Está perdida em seus princípios e defeitos
Que não percebe o quão egoísta é

Sempre por trás de máscaras
Fingindo não sentir, não falar
O complexo de si mesma a cega

Você, você, você, você
Parece até um robô, disco quebrado
Porém não quer assim ser
Não mais uma laranja podre
Mesmo todas sendo em sua volta

Mas você, você, você.
Por que insiste em no fundo pensar?
Questiono se é verdade o que pensa
A vantajosa disparidade é válida...?

Por que despreza tanto?
repugna-se por ser o que é
Por detestar defeitos seus
Não conseguir se livrar

A natureza humana a persegue
Olhe o pano com que se limpa
mais sujo que a esfera está
mas o que importa pra você é ela

Tic, tac, e o tempo passa
O relógio da bomba engole os segundos
Bomba? A sua bomba!

Você, você, o que?
Não consegue mais viver?
Pare de se queixar, o que fazem? 
Só o amor pode explicar...

Porém você se enrola mais.
Ah... a sua esfera e esse pano
Não consegue seguir ou fazer.
Princípios e pensamentos em vão.

Mas você
Você...
Eu...